"Senhor, fazei-me instrumento de Vossa Paz"
São Francisco de Assis

sábado, 28 de setembro de 2024

' HINO À SANTO ANTONIO " CORAL SANTO ANTONIO -Maringá -Pr

 



'HINO A SANTO ANTÔNIO
( J.Velosso - Maria Bethânia ) 

Bem merecestes ter com amor
Em vossos braços o Salvador! 

Salve grande Antônio, Santo universal, 
Que amparais aflitos contra todo o mal. 
Bem merecestes ter com amor
Em vossos braços o Salvador! 

Desprezando as honras pela sã pobreza, 
A Jesus vos destes com ardor e firmeza.
Bem merecestes ter com amor 
Em vossos braços o Salvador! 

Em santas missões povos converteu, 
Vossa língua santa que não pereceu. 
Bem merecestes ter com amor 
Em vossos braços o Salvador! 

Irmão protetor sois dos brasileiros, 
Que milagres cantam por séculos inteiros. 
Bem merecestes ter com amor 
Em vossos braços o Salvador! 

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

São Pio de Pietrelcina da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos

 

 



Origens
São Pio nasceu em 25 de maio de 1887, no seio de uma família de camponeses, em Pietrelcina, na arquidiocese de Benevento, filho de Grazio Forgione e Maria Giuseppa De Nunzio.
Ele foi batizado no dia seguinte com o nome de Francesco Forgione. Aos 12 anos, recebeu o sacramento da Confirmação e da Primeira Comunhão. Aos 16 anos, entrou para o Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, adotando o nome de Frei Pio.

Vida Sacerdotal
Em 1910, recebeu a ordenação sacerdotal. Seis anos depois, entrou para o Convento de Santa Maria das Graças, em San Giovanni Rotondo, onde dedicava muitas horas do dia ao sacramento da Confissão.
O cume das suas atividades pastorais era a celebração da Santa Missa.
Ele se definia “um pobre frade que reza”. “A oração – afirmava – é a melhor arma que temos, é a chave que abre o coração de Deus”.

Vocação
Padre Pio viveu em plenitude a vocação de contribuir para a redenção do homem, segundo a missão especial que caracterizou toda a sua vida e que realizou por meio da direção espiritual dos fiéis, pela reconciliação sacramental dos penitentes e pela celebração da Eucaristia. O momento mais alto de sua atividade apostólica foi aquele em que celebrou a Santa Missa. Os fiéis que dela participaram perceberam o ápice e a plenitude de sua
espiritualidade.

Caridade
O amor de Deus o encheu, satisfazendo todas as suas expectativas; a caridade era o princípio inspirador de seus dias: Deus ser amado e ser amado. Sua preocupação particular: crescer e fazer crescer na caridade.
Ele expressou o máximo de sua caridade para com o próximo, ao acolher, por mais de 50 anos, muitas pessoas que acorreram ao seu ministério e ao seu confessionário, ao seu conselho e ao seu conforto. Era quase um cerco: procuravam-no na igreja, na sacristia, no convento. E ele se entregou a todos, vivificando a fé, distribuindo graça, trazendo luz. Mas sobretudo nos pobres, nos sofredores e nos doentes, ele viu a imagem de Cristo e se entregou especialmente por eles.
Ao nível da caridade social, trabalhou para aliviar a dor e a miséria de muitas famílias, principalmente com a fundação da “Casa Alívio do Sofrimento”, inaugurada em 5 de maio de 1956.

A Fé
Para Padre Pio, fé era vida: ele queria tudo e fazia tudo à luz da fé. Ele estava assiduamente engajado em oração. Passava o dia e a maior parte da noite conversando com Deus. A fé sempre o levou a aceitar a misteriosa vontade de Deus.
Ele sempre esteve imerso em realidades sobrenaturais. Não só era um homem de esperança e de total confiança em Deus, mas incutia estas virtudes em todos os que se aproximavam dele, com palavras e exemplo.

Confiança em Deus
A virtude da fortaleza brilhava nele. Logo compreendeu que seu caminho seria o da Cruz e o aceitou com coragem e por amor. Ele experimentou os sofrimentos da alma por muitos anos. Durante anos ele suportou as dores de suas feridas com admirável serenidade.
Quando teve que passar por investigações e restrições em seu serviço sacerdotal, aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Diante de acusações e calúnias injustificadas, sempre se calou, confiando no julgamento de Deus, de seus superiores diretos e de sua própria consciência.

Páscoa
Sua saúde, desde a juventude, não foi muito próspera e, principalmente nos últimos anos de sua vida, declinou rapidamente. A Irmã Morte o pegou preparado e sereno em 23 de setembro de 1968, aos 81 anos. Seu funeral foi caracterizado por um concurso de pessoas completamente extraordinário.

Via de Santificação
Foi beatificado em 02 de maio de 1999. Em 16 de junho de 2002, foi proclamado Santo pelo Papa João Paulo II, que afirmou na sua homilia: “A vida e a missão do Padre Pio são um testemunho das dificuldades e dores, que, se aceitos por amor, se transformam em um caminho privilegiado de santidade, que se abre ainda mais rumo a perspectivas de um bem muito maior, aceitável somente pelo Senhor”. Na notificação da canonização de São Pio de Pietrelcina, apresenta a motivação de sua canonização:
“A Igreja, ao inscrever o Beato Pio de Pietrelcina no Registo dos Santos, oferece aos fiéis uma imagem viva da bondade do Pai, imitador apaixonado de Jesus Crucificado e instrumento dócil do Espírito Santo ao serviço dos fiéis enfermos em corpo e espírito.”
Seus restos mortais são venerados em San Giovanni Rotondo, no santuário dedicado a ele.

Minha oração
“Tu foste modelo de entrega de vida, mas, acima de tudo, modelo de sacerdote e vítima, rogai pelos padre do mundo todo. Socorrei os teus filhos espirituais e aqueles que querem juntar-se a eles. Dai a nós um ardente amor a Jesus, como tu tiveste.
Amém!”
São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!


terça-feira, 17 de setembro de 2024

800 anos dos Estigmas de São Francisco de Assis Estigmas de São Francisco de Assis 1224 -2024


 Eis o oitavo centenário da estigmatização de São Francisco de Assis. Para começarmos a entender a importância e o significado desse evento, recorramos inicialmente às descrições biográficas do fato para entendermos primeiramente O QUE se deu, também com algumas informações de COMO se deu o ocorrido. Os relatos são vários, dos mais poéticos aos mais objetivos e decidi transcrever aqui o de frei Juliano de Espira, frade alemão contemporâneo à morte de São Francisco (1226 d.C.). 

Os devotos interessados num aprofundamento, podem recorrer também aos relatos de Tomás de Celano (1Cel 94-95; 3Cel 4), de São Boaventura (LM XIII; Lm VI) ou dos Três Companheiros (LTC 69) e fazer, inclusive, comparações entre as diversas linguagens, gêneros literários e subjetividades de cada autor.


De uma beleza comovente também são os Fioretti que fazem cinco considerações sobre os sagrados estigmas!

Voltando à nossa estratégia:
Dois anos antes de o santo homem entregar o feliz espírito ao Senhor, enquanto morava no eremitério do Alverne, teve uma visão como de um Serafim que tinha seis asas, suspenso no ar, pregado numa cruz, com as mãos estendidas e os pés unidos. Trazia duas asas sobre a cabeça, duas estendidas para voar; as outras duas cobriam todo o corpo.
O santo ficou vivamente espantado com a visão e alternava sentimentos de medo e de alegria. Alegrava-se pela admirável beleza daquela figura; aterrorizava-o demais a horrenda fixação à cruz. Mas se alegrava também, porque ele o olhava com benevolência.

Enquanto refletia longamente e com ânsia sobre o significado dessa singular visão, não conseguiu compreender claramente nada, até que viu em si mesmo aquele milagre gloriosíssimo; um milagre, repito, que, no meu entender, é inaudito em todos os séculos passados.

De fato, nas suas mãos e pés apareceram as aberturas dos cravos e o seu lado direito como que traspassado pela lança. Na parte interior das mãos e na parte superior dos pés sobressaía uma espécie de crescimento da carne como se fosse a cabeça dos pregos. A parte exterior das mãos e a inferior dos pés, porém, traziam sinais alongados, como de pontas retorcidas dos cravos e que também excediam da carne restante. No lado direito, enfim, apareceu uma ferida circundada de uma cicatriz que, com frequência, sangrava e manchava a túnica e às vezes também a roupa de baixo.
Depois que tais pérolas apareceram nele, o homem de Deus fez de tudo para esconder aos olhos dos vivos o precioso tesouro com que o Senhor, por especial prerrogativa, o havia enriquecido; e isso para que não viesse a sofrer o mínimo dano, se alguém de sua intimidade o viesse a saber. (Jul 61,1-62,5)

Estamos em 1224, dois anos antes da morte de Francisco e décimo oitavo ano de sua “vida religiosa”. Notável observar que “era já um homem de consumada virtude e, todavia, julgava estar apenas começando” (Jul 59, 4). Mesmo tendo cultivado uma espiritualidade tão madura e sendo já tão íntimo de Deus, encontrava-se, na ocasião da impressão das Chagas, em retiro na gruta do Monte Alverne, realizando a quaresma costumeira em honra do Arcando Miguel (segundo São Boaventura). Daí já podemos aprender que sempre é tempo de investirmos na intimidade com Deus, sempre é tempo de retirar-se, recolher-se, silenciar-se para robustecer a relação pessoal com Deus, lançando mão sabiamente das práticas ascéticas ensinadas pela tradição. É bom lembrar que os evangelistas também narram o hábito do próprio Filho de Deus em recolher-se para orar, buscando a solidão do deserto ou da montanha para entender a vontade do Pai e tomar as decisões mais importantes de sua missão.

Momentos de recolhimento são necessários, apesar de não suficientes, para que o Senhor se dê a conhecer a nós de forma mais íntima. E lá no Monte Alverne, Francisco foi agraciado com uma experiência mística. Apareceu-lhe a visão de um Serafim (como descrito por Isaías em Is 6, 2) com a imagem de um homem pregado na cruz. Frei Celso Márcio Teixeira (2019) nos lembra que essa imagem é carregada de uma paradoxalidade significativa, pois ao mesmo tempo que o serafim, de admirável beleza, é sinal da glória de Deus, também aparece crucificado, ou seja, carregado de dor, sofrimento e horror da cruz. A mensagem, portanto, é a de que a glória de Deus Pai manifesta-se de maneira plena no Cristo Crucificado. E Francisco, como homem de acuradíssima sensibilidade, não permanece inerte diante dessa mensagem. 
De fato, sentia uma mistura de emoções enquanto contemplava a visão: alegria e êxtase pela beleza do que via, junto ao terror, medo e dor compassiva que a crucificação lhe causava. Francisco sempre compreendeu a íntima relação existente entre dor e amor, como os dois polos de um ímã. Sempre entendeu a Paixão de Cristo como a dor de um amor infinito. Mas a compreensão desse aparente antagonismo tem nos escapado. A completa aversão à Cruz e a tentativa de criar um paraíso terrestre ou pavimentar um caminho largo que nos dê somente o vislumbre da Glória resulta forçosamente em desilusão, como já nos alertava frei Constantino Koser há 50 anos, no 750º aniversário da Impressão das Chagas. À medida que se envelhece, vamos percebendo que os momentos de dor que ferem a nossa história são exatamente os responsáveis por nos transformar e aumentar a nossa capacidade de compreender e de amar. A dor lancinante do parto que gera vida e gera um amor tão divino descortina-se como um exemplo prático dessa dualidade dor-amor tão difícil de assimilar à sociedade dos analgésicos. 
Temos, então, mais uma lição de Francisco: amar o Amor que não é amado. Amar até doer, pois a dor aumenta ainda mais a nossa capacidade de amar! Desistir de encontrar um monopolo magnético e assumir a Cruz como caminho para a Glória! Enfrentar o Calvário para fruir do que foi vislumbrado no Tabor, afinal, “toda dor vem do desejo de não sentirmos dor”, como já cantava Renato Russo.

Por fim, cessado o êxtase da visão, apareceram-lhe os sinais da crucificação que antes havia visto no Serafim. Aparecia na carne de Francisco os sinais que ele já trazia há tanto tempo no coração. Se exteriorizava o amor pela Paixão que já se enraizara tão profundamente na vida e na alma do Santo de Assis. O amante torna-se imagem do Amado, como nos diz São Boaventura, marcado por obra do próprio Deus, não como imagem esculpida em pedras ou madeira por algum artesão. A impressão das Chagas de Cristo em Francisco torna-se como que o selo de uma conformação com Cristo que foi construída pelo Pobrezinho de Assis durante toda a vida. Assemelhado a Jesus na pobreza, na obediência, na castidade e nos principais atos de sua vida, agora assemelha-se também fisicamente, partilhando com Jesus os sofrimentos e dores da Crucificação, da maneira como sempre quis e pediu a Deus. Diante disso, podemos avaliar a nossa própria disposição em nos assemelharmos a Cristo, a fim de merecermos, de fato, o nome de “cristãos”

Segue-se, portanto, a terceira lição: buscarmos a estrita semelhança com Jesus, “amar como Jesus amou, sonhar como Jesus sonhou, pensar como Jesus pensou, viver como Jesus viveu”, já nos sinalizava Padre Zezinho. E se acharmos demais recebermos os sinais da crucificação, como Francisco, ou nos parecer aversivo demais aproximarmo-nos de Jesus na Cruz, podemos começar nos aproximando dos crucificados dos nossos tempos. Ao acolher o leproso, Francisco começa seu processo de abraçar a Cruz, transformando, como ele mesmo nos diz, o amargor em doçura. Fica a nós o convite para essa mesma transformação interior. Marginalizados não faltam aos nossos tempos, crucificados não nos faltam, apesar de não mais usarmos a cruz de madeira. Agora, crucificamos de outros modos.

E depois de tudo isso, frei Francisco de Assis, mesmo sentindo-se tão agraciado por Deus, não deixou de ser humilde. Fez o que pôde para esconder os sinais magníficos que tinha recebido do Pai, porque não queria de maneira alguma colher louvores para si. E mesmo debilitado pelas dores desses estigmas, somadas às inúmeras enfermidades que já lhe acometiam o corpo, não quis deixar de pregar, de conviver com seus irmãos e de publicar as maravilhas do Altíssimo e Glorioso Deus. 

Uma última lição: humildade e serviço. Dois imperativos na vida de Francisco que não foram deixados para trás nem pela debilidade física, nem pela certeza de que recebia os favores de Deus.
Podemos encerrar colocando em prática os conselhos de frei Tomás de Celano (1Cel 114) que nos convida a nos assemelharmos ao Serafim de seis asas, como Francisco o fez. Que tenhamos duas asas sobre a cabeça a fim termos sempre intenção pura e reto modo de operar em toda boa obra, esforçando-nos para agradar unicamente a Deus. Duas asas para voar, dedicando-nos à dupla caridade para com o próximo, quais sejam, o cuidado com as almas, levando-lhes a Palavra de Deus, e o cuidado com o corpo, auxiliando-lhes materialmente. E, por fim, duas asas cobrindo o corpo a fim de zelarmos pelo Espírito Santo que habita em nós e nos inspira sempre a voltarmo-nos a Deus. Velando esses três aspectos (mente, corpo e os irmãos e irmãs), podemos, então, iniciar uma caminhada de conversão, a exemplo de Francisco, e irmos nos configurando a Jesus Cristo, Senhor e Rei da História, Príncipe da Paz e Deus-conosco. E configurados a Cristo, poderemos com a mesma serenidade de Francisco, acolher a irmã morte, que não nos fará mal, mas nos deixará mais próximos do Amor.
Frei Carlos Antônio Sartin Júnior, OFM
Paz e bem!

Referências
FONTES FRANCISCANAS E CLARIANAS (FFC). Apresentação Sergio M. DAL MORO. Tradução Celso Márcio Teixeira… (et al.) Petrópolis: Vozes, 2004.


Impressão das Chagas de São Francisco de Assis











Neste dia 17 de setembro, a Família Franciscana celebra, em todo o mundo, a festa da Impressão das Chagas, também chamada de Estigmas de São Francisco de Assis. A introdução litúrgica da Missa e Liturgia das Horas diz o seguinte:

“O Seráfico Pai Francisco, desde o início de sua conversão, dedicou-se de uma maneira toda especial à devoção e veneração do Cristo crucificado, devoção que até a morte ele inculcava a todos por palavras e exemplo. Quando, em 1224, Francisco se abismava em profunda contemplação no Monte Alverne, por um admirável e estupendo prodígio, o Senhor Jesus imprimiu-lhe no corpo as chagas de sua paixão. O Papa Bento XI concedeu à Ordem dos Frades Menores que todos os anos, neste dia, celebrasse, no grau de festa, a memória de tão memorável prodígio, comprovado pelos mais fidedignos testemunhos.”

A vida de Francisco no Alverne é oração e ininterrupta penitência. Sente-se pobre e pecador. Quer despojar-se de tudo. Renuncia até mesmo a um manto que tinha sido salvo do fogo, a única coisa que tinha para cobrir-se durante o breve repouso da noite. Francisco voltará muitas vezes ao Alverne para encontrar a paz em Deus que a situação da Ordem e o fato de estar no meio dos homens não lhe davam e entregar-se de corpo e alma à oração.

No verão de 1224, última vez que esteve no Alverne, Francisco procura um lugar ainda mais “solitário e secreto” no qual possa mais reservadamente fazer a quaresma de São Miguel Arcanjo. Na manhã de 14 de setembro de 1224, os céus se abrem e Cristo crucificado desce ao Monte Alverne na forma de um serafim.


Frei Regis explica o sentido e o significado:

Mais do que desvendar o caráter histórico das Chagas de São Francisco, importa refletir sobre a experiência de vida que se esconde sobre este fato. O que significa a expressão de Celano “levava a cruz enraizada em seu coração”? O que isso significou para o próprio Francisco? Há um significado para nós hoje, naquilo que com ele ocorreu?

Um erro comum é o de ver São Francisco como uma figura acabada, pronta, sem olhar para a caminhada que ele fez até chegar à semelhança perfeita (configuração) com o Cristo. O que ocorreu no Monte Alverne é o cume de toda uma vida, de uma busca incessante de Francisco em “seguir as pegadas de Jesus Cristo”. Francisco lançou-se numa aventura, sem tréguas, na qual deu tudo de si: a vontade, a inteligência e o amor. As chagas significam que Deus é Senhor de sua vida. Deus encontrou nele a plena abertura e a máxima liberdade para sua presença.

O segundo significado das chagas é o de que Deus não é alienação para o ser humano, ao contrário, é sua plena realização e salvação. Colocando-se como centro da própria vida é que o homem se aliena e se destrói; torna-se absurdo para si mesmo no fechamento do seu ‘ego’. O homem só encontra sua verdadeira identidade, sua própria consistência e o sentido de sua existência em Deus. E Francisco fez esta descoberta: Jesus Cristo foi crucificado em razão de seu amor pela humanidade – “amou-os até o fim” – , e ele percorre este mesmo caminho.

O terceiro significado: as chagas expressam que a vivência concreta do amor deixa marcas. A exemplo de Cristo, Francisco quis suportar/carregar e amar os irmãos para além do bem e do mal (amor incondicional). Essa atitude o levou a respeitar e acolher o ‘negativo’ dos outros mantendo a fraternidade apesar das divisões. Esse acolher e integrar o negativo da vida é a única forma de vencer o ‘diabólico’, rompendo com o farisaísmo e a autossuficiência, aniquilando o mal na própria carne. Só assim, o homem é de fato livre, porque não apenas suporta, mas ama e abraça o negativo que está em si e nos outros.

O quarto significado: seguir o Cristo implica em morrer um pouco a cada dia: “Quem quiser ser meu discípulo, tome a sua cruz a cada dia e me siga” (Lc 9,23). Não vivemos num mundo que queremos, mas naquele que nos é imposto. Não fazemos tudo o que desejamos, mas aquilo que é possível e permitido. Somos chamados a viver alegremente mesmo com aquilo que nos incomoda, vencendo-se a si mesmo e integrando o ‘negativo’, de modo que ele seja superado. Nós seremos nós mesmos na mesma medida em que formos capazes de assumir nossa cruz. As chagas de São Francisco são as chagas de Cristo, e elas nos desafiam: ninguém pode conservar-se neutro, sem resposta diante da vida.

São Francisco não contentou-se em unicamente seguir o Cristo. No seu encantamento com a pessoa do Filho de Deus, assemelhou-se e configurou-se com Ele. Este seu modo de viver está expresso na “perfeita alegria”, tema central da espiritualidade franciscana: “Acima de todos os dons e graças do Espírito Santo, está o de vencer-se a si mesmo, porque dos todos outros dons não podemos nos gloriar, mas na cruz da tribulação de cada sofrimento nós podemos nos gloriar porque isso é nosso”.
O testemunho das fontes franciscanas
Dos “Fioretti” – Terceira consideração dos Sacrossantos Estigmas

“Um dia, no princípio de sua conversão, ele rezava na solidão e, arrebatado por seu fervor, estava totalmente absorto em Deus e lhe apareceu o Cristo Crucificado. Com esta visão, sua alma se comoveu e a lembrança da Paixão de Cristo penetrou nele tão profundamente que, a partir deste momento, era-lhe quase impossível reprimir o pranto e suspiros quando começava a pensar no Crucificado”. 

E rezava:

“Ó Senhor, meu Jesus Cristo, duas graças eu te peço que me faças, antes de eu morrer: a primeira é que, em vida, eu sinta na alma e no corpo, tanto quanto possível, aquelas dores que tu, doce Jesus, suportaste na hora da tua dolorosa Paixão. A segunda, é que eu sinta, no meu coração, tanto quanto for possível, aquele excessivo amor, do qual tu, filho de Deus, estavas inflamado, para voluntariamente suportar uma tal Paixão por nós pecadores”.
Da Legenda Menor de São Boaventura, Capítulo 6

“Francisco era um fiel servidor de Cristo. Dois anos antes de sua morte, havendo iniciado um retiro de Quaresma em honra de São Miguel num monte muito alto chamado Alverne, sentiu com maior abundância do que nunca a suavidade da contemplação celeste. Transportado até Deus num fogo de amor seráfico, e transformado por uma profunda compaixão n’Aquele que, em seus extremos de amor, quis ser crucificado, orava certa manhã numa das partes do monte.

Aproximava-se a festa da Exaltação da Santa Cruz, quando ele viu descer do alto do céu, um serafim de seis asas flamejantes, o qual, num rápido voo, chegou perto do lugar onde estava o homem de Deus. O personagem apareceu-lhe não apenas munido de asas, mas também crucificado, mãos e pés estendidos e atados a uma cruz. Duas asas elevaram-se por cima de sua cabeça, duas outras estavam abertas para o voo, e as duas últimas cobriam-lhe o corpo.

Tal aparição deixou Francisco mergulhado num profundo êxtase, enquanto em sua alma se mesclavam a tristeza e a alegria: uma alegria transbordante ao contemplar a Cristo que se lhe manifestava de uma maneira tão milagrosa e familiar, mas ao mesmo tempo uma dor imensa, pois a visão da cruz transpassava sua alma como uma espada de dor e de compaixão.

Aquele que assim externamente aparecia o iluminava também internamente. Francisco compreendeu então que os sofrimentos da paixão de modo algum podem atingir um serafim que é um espírito imortal. Mas essa visão lhe fora concedida para lhe ensinar que não era o martírio do corpo, mas o amor a incendiar sua alma que deveria transformá-lo, tornando-o semelhante a Jesus crucificado.

Após uma conversação familiar, que nunca foi revelada aos outros, desapareceu aquela visão, deixando-lhe o coração inflamado de um ardor seráfico e imprimindo-lhe na carne a semelhança externa com o Crucificado, como a marca de um sinete deixado na cera que o calor do fogo faz derreter.

Logo começaram a aparecer em suas mãos e pés as marcas dos cravos. Via-se a cabeça desses cravos na palma da mão e no dorso dos pés; a ponta saía do outro lado. O lado direito estava marcado com uma chaga vermelha, feita por lança; da ferida corria abundante sangue. Frequentemente, molhando as roupas internas e a túnica. Fui informado disso por pessoas que viram os estigmas com os próprios olhos.

Os irmãos encarregados de lavar suas roupas, constataram com toda segurança que o servo de Deus trazia, em seu lado bem como nas mãos e pés, a marca real de sua semelhança com o Crucificado”.
Tomás de Celano – Vida II, 211

“Francisco já tinha morrido para o mundo, mas Cristo estava vivo nele. As delícias do mundo eram uma cruz para ele, porque levava a cruz enraizada em seu coração. Por isso fulgiam exteriormente em sua carne os estigmas, cuja raiz tinha penetrado profundamente em seu coração”.

Outros textos: 1Cel, 94; Legenda Maior, 13,35,69.


Que milagre é este?

Frei Hipólito Martendal

Há vários santos entre os católicos que apareceram portando estigmas, semelhantes às chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ultimamente parece que tivemos até um caso raro de um homem de Deus trazer por certo tempo as chagas e depois elas virem a desaparecer. Dizem que isto teria acontecido com o capuchinho de nossos dias, o Pe. Pio, agora São Pio.

Por outro lado, estamos por demais acostumados com a ideia de milagres como eventos extraordinários, operados instantaneamente, ou pelo menos, em tempo relativamente breve, onde as coisas acontecem de tal maneira que só podem ser atribuídas a alguma intervenção divina.

De minha parte, acredito que verdadeiros milagres podem ocorrer sem todos estes atributos considerados seus sinais inconfundíveis. Posso imaginar verdadeiros milagres sendo gerados aos poucos, lentamente, com recurso às forças naturais, mas que nunca poderiam acontecer somente apela atuação destas forças.

No caso de São Francisco, por exemplo, as descrições de seus biógrafos são espetaculares. O Santo, durante uma quaresma que celebrou em honra de São Miguel Arcanjo, na véspera, ou no dia da festa da Exaltação da Santa Cruz (14 de setembro), mergulhado em profunda meditação sobre a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, tem uma visão deveras impressionante. Cristo lhe aparece como um homem crucificado, mas portando três pares de asas de Serafim. Francisco é arrebatado por um êxtase total. Aos poucos, sem ele sentir, as chagas de Jesus criam forma e implantam-se em seus membros e lado. Tomás de Celano, São Boaventura e o autor dos Fioretti descrevem-nas, bem como seu formato, a cor e a aparência dos cravos, em tudo de maneira muito semelhante.
O primeiro santo das chagas

Há algumas particularidades muito interessantes no caso de São Francisco. Ele é o primeiro homem na História a aparecer chagado. As descrições são concordes ao destacar o tamanho das feridas (eram grandes), estruturas semelhantes a cravos, com sangramentos intermitentes, principalmente na ferida do lado.

Outra característica muito forte em São Francisco era o destaque que dava à humanidade de Jesus. O último Natal, antes das Chagas, ele o celebrara em Greccio, quando pedira a um amigo que montasse a cena de Belém o mais semelhante possível ao que ele concebera, em sua imaginação poética, pois, dizia: “Quero lembrar a criança que nasceu em Belém e ver com meus olhos carnais as dificuldades de sua infância pobre, como ele dormiu na manjedoura e como, entre o boi e o burro, deitaram-no sobre o feno”. (São Francisco de Assis de Jacques Lê Goff, p.88).

Na quaresma em que foi agraciado com os sagrados estigmas, o assunto de meditações e contemplações fora a Paixão do Senhor. Por outro lado, quando se tratava de virtudes relacionadas à renúncia, à minoridade, à pobreza, ao servir, Francisco fazia questão de ser sempre o primeiro em tudo. O mesmo acontecia no desejo de imitar Nosso Senhor, no que se refere à pobreza e ao sofrimento. Queria ser o primeiro entre todos que desejasse viver como o Divino Mestre vivera. Além do mais, São Francisco era do tipo sensitivo, muito intuitivo, dado a sonhos e visões freqüentes, coisas que ele interpretava realisticamente como repostas divinas à sua incessante procura de Deus e da perfeição.

Agora vamos ao essencial que desejo oferecer à meditação do leitor. Em nossos dias, os estudos que procuram as conexões entre o que é mental e o que é corporal, entre o espiritual e o material, progrediram muito e têm descoberto coisas realmente interessantes. Os estudiosos afirmam que cerca de 80% dos transtornos físicos que incomodam o ser humano são de origem psíquica. Um desejo muito forte, uma emoção avassaladora, uma necessidade premente podem converter-se em sintomas físicos e doenças.

Dias atrás lia o caso de uma mulher que sofria de dores de cabeça lancinantes e contínuas e para a qual um batalhão dos melhores médicos não encontrava qualquer causa orgânica que explicasse. Só sabiam que depois de muitos anos de sofrimentos na companhia de um marido alcoólico e muito violento, conseguira a separação. Ele ameaçara suicidar-se, caso ela não voltasse. Ela não voltara e ele dera um tiro na própria cabeça!


Cópia perfeita de Cristo

Ora, fomos condicionados a ver somatizações só em doenças. E por que o fenômeno não poderia ocorrer como resposta sadia a desejos e emoções elevados e santos? Eu imagino que no caso de São Francisco tenha ocorrido exatamente tal fenômeno. Ele tinha uma capacidade rara de exprimir fisicamente seus estados de alma. Declamava, cantava, dançava, e encenava as alegrias mais espirituais. Vertia abundantes lágrimas de tristeza ao contemplar os sofrimentos de nosso Divino Mestre, ou simplesmente por pensar que “o Amor não é amado”. Estava firmemente disposto a não sofrer menos que sofrera seu Mestre e Senhor. Nos últimos anos de vida tivera ainda que contatar a realidade decepcionante de ver seus frades envolvidos em graves divisões e querelas por causa de seus próprios ideais de pobreza e minoridade, coisas que ele considerava revelações divinas e inquestionáveis. Isto constituía seu calvário que o aproximava ainda mais de Cristo.

Então, o milagre se deu, não por uma intervenção direta e violenta do sobrenatural em seu corpo, mas por um mimetismo divino, por uma somatização de seus desejos santos de ser como o Divino Mestre a quem ele queria copiar. E a cópia foi tão perfeita, que seus contemporâneos registraram para as gerações futuras que “São Francisco é outro Cristo”.

“O Senhor fez em mim maravilhas, Santo é seu nome! A minha alma engrandece o Senhor. E exulta meu espirito em Deus, meu Salvador”

Fonte: Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil



sábado, 14 de setembro de 2024

Frei Francisco Belotti – Frente a Frente na Rede Vida– 28/06/24

 Vídeo publicado na Rede Vida no dia 01/07/2024 



Neste programa a jornalista Ana Lúcia Eschiapati e a jornalista Rosana Carvalho recebem o presidente da associação e fraternidade São Francisco de Assis, Frei Francisco Belotti sobre seu caminho ao sacerdócio. 

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sábado, 7 de setembro de 2024

Hino a São Francisco

 



Hino a São Francisco de Assis Cantado por Frei Marcelo Gonçalves, O.F.M. e Frei Carlos Antônio, O.F.M. 
Música e Letra originais em italiano: Vincenzo Laganà 
Tradução e Adaptação para o Português: Frei Marcelo Gonçalves, O.F.M. e Frei Carlos Antônio, O.F.M.
 
Na Ordem dos Frades Menores São Francisco é honrado como Pai, pois através do seu cuidado e intercessão de Pai podemos chegar a um caminho de perfeitíssima imitação de Nosso Senhor Jesus Cristo. São Francisco é considerado Alter Christus, expressão latina que significa outro cristo, pois tamanha foi a sua conformação a cristo que recebeu seus estigmas em sua própria carne, unindo-se fortemente às dores de sua paixão e seu zelo pela salvação das almas. Ele também é chamado de Pai Seráfico, pois abrasou-se de tal forma do amor de Deus que se tornou um serafim, que arde de amor contemplando a face de Deus.


quinta-feira, 5 de setembro de 2024

Santa Teresa de Calcutá, fundadora, missionária e mãe dos pobres



Origens
Agnes Gonxha Bojaxhiu, a futura Madre Teresa nasceu em uma família albanesa, em Skopje, no dia 26 de agosto de 1910. Foi batizada com o nome de Gonxha Agnes.
Desde pequena, foi acostumada, pelos seus pais, a viver louvando ao Senhor e ajudando os mais necessitados. Não causa surpresa, portanto, quando, aos dezoito anos, fez a escolha de se tornar missionária.

Missão na Índia
Em setembro de 1928, Agnes deixa a sua casa e entra para o Instituto da Bem-aventurada Virgem Maria em Dublin. Ali, recebeu o nome de Maria Teresa.
No ano seguinte, foi para a Índia, onde, por quase 20 anos, viveu feliz em uma escola da sua Congregação, lecionado aos jovens ricos da região.
Em 10 de setembro de 1946, ocorreu o que Madre Teresa definia como a sua “chamada na chamada”. Naquele dia, Jesus revela-lhe a sua tristeza pela indiferença e o desprezo dos pobres, e pede à religiosa para ser o reflexo da sua Misericórdia: “Venha, seja minha luz. Não posso caminhar sozinho”.

Missionárias da Caridade
Em 1946, decidiu abandonar o convento e viver para os pobres. Madre Teresa funda as Missionárias da Caridade, veste o sári indiano e inicia a sua nova missão entre os últimos de Calcutá: os descartados, aqueles que “não são queridos, não amados, não cuidados”. Logo se unem a ela as suas ex-alunas.
Em poucos anos, a Congregação – reconhecida, em 1950, pelo arcebispo de Calcutá e, em 1965, por Paulo VI –, difundiu-se por todas as partes do mundo, onde os pobres precisam de ajuda e, sobretudo, de amor: foram abertas casas na África e na América Latina, mas também nos Países comunistas e até na União Soviética.
A sua figura torna-se cada vez mais popular no mundo todo. Mas quando lhe perguntam qual o “segredo do seu sucesso”, ela responde com simplicidade impressionante: “Rezo”.

Relação Fraterna com Papas
Estimada profundamente pelo Papa Paulo VI que, ao término da sua viagem à Índia, deu de presente aos “seus pobres” seu papamóvel. Madre Teresa teve uma relação fraterna com o Papa João Paulo II. Foi memorável a visita que o Papa polonês fez à sua casa, em Calcutá, onde a Madre acolhia os moribundos. Foi precisamente o Papa Wojtyla que quis a presença das Missionárias da Caridade no Vaticano, em uma estrutura denominada “Dom de Maria”.

Caridade e Amor à vida
Toda a vida e a obra de Madre Teresa oferecem testemunho da alegria de amar e do valor das pequenas coisas feitas com fidelidade e com amor. Ainda hoje, os sinais da sua presença são tangíveis através das suas obras que as Missionárias da Caridade levam adiante em todo o mundo. 
Sempre pronta a inclinar-se diante dos pobres e necessitados.
Madre Teresa dedicou-se, com todas as suas forças, à defesa da vida nascente. Inesquecível o seu discurso na entrega do Prêmio Nobel da Paz, em 17 de outubro de 1979: “O maior destruidor da paz – afirmou na ocasião – é o aborto”. E frisou: “A vida das crianças e dos adultos é sempre a mesma vida. Toda existência é a vida de Deus em nós”.

Páscoa
Nos últimos anos da sua vida, apesar da sua enfermidade e da “noite escura do espírito”, ela não poupou esforços e continuou a se dedicar, incessantemente, às necessidades dos que mais precisavam. Madre Teresa faleceu no dia 5 de setembro de 1997 em Calcutá.
Seu corpo foi transferido para a Igreja de San Tommaso, adjacente ao Convento de Loreto, onde ela havia chegado quase 69 anos antes. Centenas de milhares de pessoas de todas as classes sociais e religiões vieram da Índia e do exterior para homenageá-la. Recebeu um funeral de Estado em 13 de setembro. Depois que o cortejo fúnebre passou em procissão pelas ruas de Calcutá, foi sepultada na Casa Mãe das Missionárias da Caridade; seu túmulo tornou-se um destino de peregrinação para pessoas de todas as religiões.

Obra Missionária
Após sua páscoa, as suas Irmãs estavam presentes em 610 casas de missão e espalhadas em 123 países do mundo. Sinal de que a misericórdia não tem confins e atinge a todos, sem nenhuma distinção. “Talvez eu não saiba falar a sua língua, mas posso sorrir”, como costumava dizer sempre.

Milagre no Brasil
O processo de canonização de Madre Teresa teve início com um milagre envolvendo um brasileiro. Marcílio Haddad Andrino, morador da cidade de Santos (SP), foi diagnosticado com hidrocefalia e uma infecção no cérebro. Foi curado após sua esposa rezar pedindo a intercessão de Madre Teresa de Calcutá.

Via de Santificação
Menos de dois anos depois da sua morte, por causa da sua grande fama de santidade e das graças obtidas pela sua intercessão, São João Paulo II permitiu a abertura da Causa de Canonização. Em 19 de outubro de 2003, foi proclamada beata. Foi canonizada em 04 de setembro de 2016, pelo Papa Francisco, na Basílica de São Pedro.

Minha oração
“Mãe dos pobres, quanta dor ao ver as dificuldades dos nossos irmãos que sofrem com as misérias, dai a nós a mesma disponibilidade e abertura de coração para com essas realidades. Queremos ser instrumentos de cuidado e amor para com todos os nossos irmãos. Amém!”

Santa Teresa de Calcutá, rogai por nós
!

🙏🙏🙏

segunda-feira, 2 de setembro de 2024

BREVE DE SANTO ANTÔNIO

 

Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo 
"Eis aqui a Cruz do Senhor: fugi potências inimigas! 
Venceu o Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi. Aleluia! Aleluia!" 

Conheça a história dessa poderosa oração, e passe a recitá-la sempre que precisar de proteção contra males e maldições.

FONTE: Crônicas dos Frades Menores (Manuscrito do Século XV) Santo 

Antônio de Pádua, Rogai por nós!

terça-feira, 27 de agosto de 2024

Santa Mônica



Mônica nasceu em Tagaste, atual Argélia, na África, no ano 331, no seio de uma família cristã. Desde muito cedo dedicou sua vida a ajudar os pobres, que visitava com frequência, levando o conforto por meio da Palavra de Deus. Teve uma vida muito difícil. O marido era um jovem pagão muito rude, de nome Patrício, que a maltratava. Mônica suportou tudo em silêncio e mansidão. Encontrava o consolo nas orações que elevava a Cristo e à Virgem Maria pela conversão do esposo. E Deus recompensou sua dedicação, pois ela pôde assistir ao batismo do marido, que se converteu sinceramente um ano antes de morrer.
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Tiveram dois filhos, Agostinho e Navígio, e uma filha, Perpétua, que se tornou religiosa. Porém, Agostinho foi sua grande preocupação, motivo de amarguras e muitas lágrimas. Mesmo dando bons conselhos e educando o filho nos princípios da religião cristã, a vivacidade, inconstância e o espírito de insubordinação de Agostinho fizeram que a sábia mãe adiasse o seu batismo, com receio que ele profanasse o sacramento.
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E teria acontecido, porque Agostinho, aos dezesseis anos, saindo de casa para continuar os estudos, tomou o caminho dos vícios. O coração de Mônica sofria muito com as notícias dos desmandos do filho e por isso redobrava as orações e penitências. Certa vez, ela foi pedir os conselhos do bispo, que a consolou dizendo: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
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Agostinho tornou-se um brilhante professor de retórica em Cartago. Mas, procurando fugir da vigilância da mãe aflita, às escondidas embarcou em um navio para Roma, e depois para Milão, onde conseguiu o cargo de professor oficial de retórica.
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Mônica, desejando a todo custo ver a recuperação do filho, viajou também para Milão, onde, aos poucos, terminou seu sofrimento. Isso porque Agostinho, no início por curiosidade e retórica, depois por interesse espiritual, tinha se tornado frequentador dos envolventes sermões de santo Ambrósio. Foi assim que Agostinho se converteu e recebeu o batismo, junto com seu filho Adeodato. Assim, Mônica colhia os frutos de suas orações e de suas lágrimas.
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Mãe e filho decidiram voltar para a terra natal, mas, chegando ao porto de Óstia, perto de Roma, Mônica adoeceu e logo depois faleceu. Era 27 de agosto de 387 e ela tinha 56 anos.
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O papa Alexandre III confirmou o tradicional culto a santa Mônica, em 1153, quando a proclamou Padroeira das Mães Cristãs. A sua festa deve ser celebrada no mesmo dia em que morreu. O seu corpo, venerado durante séculos na igreja de Santa Áurea, em Óstia, em 1430 foi trasladado para Roma e depositado na igreja de Santo Agostinho.


quarta-feira, 21 de agosto de 2024

O AMOR NÃO É AMADO

 


São Francisco de Assis configurou-se a Cristo de tal modo que em seu próprio corpo trazia as marcas de Jesus Crucificado, que antes já as trazia em seu coração. 

Ao caminhar pelos bosques chorando a paixão do Senhor, dizendo que o amor não é amado, alimentou a sua paixão por Ele. 

O amor não é amado (Composição: Frei Beraldo J. Hanlon, OFM) 
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No meu sonho eu caminhava tão feliz De repente um homem pobre eu avistei Andando pela estrada de Assis Tão aflito que confesso eu chorei. Perguntei-lhe o que tinha acontecido Me ouviu, mas ficou chorando sem parar Até que enfim me olhou e disse assim 
A paixão de Jesus hei de chorar. 

Pois o Amor, o Amor não é amado. A felicidade assim não se pode encontrar 
É preciso voltar a Jesus, o amor que eu quero amar. 

Esse estranho só falava da Paixão E usava uma roupa em forma de cruz. Nos braço deitava um pedaço de pau Violino de pobre cantando o amor de Jesus. Nós amamos tantas coisas neste mundo Dinheiro, prazeres, fama e poder Tudo, menos o que é mais amável Tudo, menos aquele que mais bem nos quer 
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Muitas vezes olhando um mundo tão triste Volta de mansinho ao meu pensar A figura do pobrezinho de Assis E com ele tenho vontade de gritar. 
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Que o Amor, o Amor não é amado. A felicidade assim não se pode encontrar É preciso voltar a Jesus, o amor que eu quero amar. 
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Vozes: Frei Felipe, Frei Kater, Frei David; OFMCap 
Produção: Cesar Ribeiro Maestro 
Clip: Mora Music Studio


quinta-feira, 15 de agosto de 2024

15 de agosto: começa a Quaresma de São Miguel Arcanjo

 

Tudo o que você precisa saber sobre esta poderosa devoção

Quaresma de São Miguel Arcanjo foi difundida através dos discípulos de São Francisco, que o imitavam nessa devoção e recebiam graças. E até hoje, temos esse belíssimo costume de consagrar nossas vidas a São Miguel Arcanjo.

O Pe. Paulo Ricardo explica detalhadamente esta devoção e sua importância:

O que é necessário?

O site de São Miguel Arcanjo sugere viver a Quaresma da seguinte maneira:

Antes de tudo, termos os devidos cuidados para não cairmos em superstição. A superstição é o desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Então, o nosso coração deve estar reconciliado com Deus e cheio de bons propósitos.

Após esta análise de sua vida, faça um altar com a imagem ou foto de São Miguel Arcanjo colocando velas ou lamparinas bentas, e flores para enfeitar o altar. Durante a quaresma, faça penitências, jejuns e abstinências e uma boa confissão. Fazer seu pedido particular e principalmente pela libertação da família, quebra de maldição, do jugo hereditário, ocultismo e outras intenções.

Rezar as orações mencionadas abaixo e, no dia 29 de setembro participar da Festa de São Miguel com a Santa Missa.

As 4 etapas

Nos primeiros 10 dias: Rezemos a São Miguel Arcanjo por toda cura e libertação de todos os vícios de dependência química (álcool, drogas, cigarros), de jogos, de compulsividade (para comprar, comer…);

Do 11º ao 20º dia: Rezemos, além das nossas intenções particulares, também por toda cura e libertação de maldições em nossas pontes de gerações, como desordens sexuais, adultério, roubo, alcoolismo, perseguições, divórcios, abortos, mortes repentinas, idolatrias e outros.

Do 21º ao 30º dia: Rezemos por toda libertação de malefícios que possam ter atingido a nossa vida e os nossos negócios, como também a nossa profissão e estudos: dificuldades financeiras, perdas, insucessos, invejas, ciúmes, trapaças…

Do 31º ao 40º dia: Rezemos por toda cura e libertação física e espiritual: quadros como transtorno bipolar, esquizofrenia, síndrome do pânico, doenças físicas como dores na coluna, enxaquecas, anemias, desmaios, bronquites, asmas, alergias e outros…

A Quaresma de São Miguel Arcanjo tem seu início, tradicionalmente, no dia 15 de agosto. No dia 20 de setembro inicia-se a novena em honra a São Miguel Arcanjo, em conjunto com as outras orações, culminando com a grande festa no dia 29 de setembro.

*Importante: a quaresma ou novena pode ser realizada a partir de qualquer data do ano, sendo agosto a setembro um momento especial.

Todos os dias:

  • Acender uma vela (benta) diante da imagem de São Miguel Arcanjo
  • Oferecer jejuns, penitências e abstinências
  • Fazer o Sinal da Cruz
  • Rezar a oração inicial: “Pequeno Exorcismo do Papa Leão XIII” *
  • Rezar a Ladainha de São Miguel Arcanjo *
  • Rezar a Consagração a São Miguel Arcanjo *
  • Fazer o pedido de uma graça a ser alcançada.

* Confira cada uma dessas 3 orações logo abaixo.

Podem ser adicionadas várias outras orações, conforme a devoção pessoal: ladainhas diversas, orações, salmos, textos bíblicos, o terço de São Miguel, o terço mariano tradicional…

Durante a quaresma, é importante fazer uma santa confissão.

Outros elementos:

O altar – Na Quaresma de São Miguel Arcanjo, costuma-se fazer um pequeno altar ou oratório com a imagem de Arcanjo (pode ser uma foto também) e se possível no momento da oração acenda uma vela (benta), que simboliza a luz de Cristo.

Jejuns e penitências – Durante o período destes 40 dias, é indicado que cada pessoa faça uma penitência. Exemplos: abster-se de algum alimento prazeroso, do cigarro, da bebida, da internet, da televisão… Praticar o jejum ao menos às sextas-feiras, dia em que a Igreja aconselha habitualmente a prática.

Participar da Santa Missa (se possível diariamente) em honra a São Miguel e, após a comunhão, rezar a Oração de São Miguel Arcanjo.

As orações

ORAÇÕES PARA TODOS OS DIAS

Pequeno Exorcismo do Papa Leão XIII

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.

Jaculatória diária

Sacratíssimo Coração de Jesus tende piedade de nós! (3x)

Ladainha de São Miguel Arcanjo

Senhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

Jesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo, atendei-nos.
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Trindade Santa, que sois um único Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.

São Miguel, rogai por nós.
São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.
São Miguel, perfeito adorador de Jesus, rogai por nós.
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.
São Miguel, poderosíssimo príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.
São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.
São Miguel, guardião do paraíso, rogai por nós.
São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, luz dos anjos, rogai por nós.
São Miguel, baluarte dos cristãos, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.
São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós.
São Miguel, consolador das almas que estão no purgatório, rogai por nós.
São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no purgatório, rogai por nós.
São Miguel, nosso príncipe, rogai por nós.
São Miguel, nosso advogado, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, ouvi-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, príncipe da Igreja de Cristo, para que sejamos dignos de Suas promessas.

Oração: Senhor Jesus, santificai-nos, por uma bênção sempre nova, e concedei-nos, pela intercessão de São Miguel, esta sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas do Céu e a trocar os bens do tempo pelos da eternidade. Vós, que viveis e reinais em todos os séculos dos séculos.

Os 3 Pai-Nossos

  • Um Pai-Nosso em honra de São Gabriel.
  • Um Pai-Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
  • Um Pai-Nosso em honra de São Rafael.
  • Pode-se adicionar um quarto Pai-Nosso em honra ao nosso Anjo da Guarda.

ORAÇÕES PARA O ÚLTIMO DIA DA QUARESMA DE SÃO MIGUEL

Gloriosíssimo São Miguel, chefe e príncipe dos exércitos celestes, fiel guardião das almas, vencedor dos espíritos rebeldes, amado da casa de Deus, nosso admirável guia depois de Cristo; vós, cuja excelência e virtudes são eminentíssimas, dignai-vos livrar-nos de todos os males, a nós todos que recorremos a vós com confiança, e fazei, pela vossa incomparável proteção, que adiantemos cada dia mais na fidelidade em servir a Deus.

V. Rogai por nós, ó bem-aventurado São Miguel, príncipe da Igreja de Cristo.
R. Para que sejamos dignos de Suas promessas.

Oração: Deus, todo poderoso e eterno, que, por um prodígio de bondade e misericórdia para a salvação dos homens, escolhestes para príncipe de Vossa Igreja o gloriosíssimo Arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós Vo-lo pedimos, de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora da nossa morte nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado de sermos introduzidos por ele na presença da Vossa poderosa e augusta Majestade, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Consagração a São Miguel Arcanjo

Ó Príncipe nobilíssimo dos Anjos, valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do Senhor, terror dos espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os Anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel! Desejando eu fazer parte do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me consagro, me dou e me ofereço e ponho-me a mim próprio, a minha família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima proteção.

É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração; recordai-vos que, de hoje em diante, estou debaixo do vosso sustento e deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus muitos e graves pecados, a graça de amar a Deus de todo coração, ao meu querido Salvador Jesus Cristo e a minha Mãe Maria Santíssima; obtende-me aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa da eterna glória. Defendei-me dos inimigos da alma, especialmente na hora da morte. Vinde, ó príncipe gloriosíssimo, assistir-me na última luta, e, com a vossa arma poderosa, lançai para longe, precipitando nos abismos do inferno, aquele anjo quebrador de promessas e soberbo que um dia prostrastes no combate no Céu.

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate para que não pereçamos no supremo juízo.

Oração a Nossa Senhora Rainha dos Anjos

Oremos: Augusta Rainha do Céu, altíssima Senhora dos Anjos, vós, que, desde o princípio recebestes de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de Satanás, nós vos suplicamos humildemente que envieis as vossas santas legiões para que, sob as vossas ordens e pelo vosso poder, persigam os demônios, os combatam por toda parte, reprimam sua audácia e os precipitem no abismo do inferno. Quem como Deus? São Miguel e os santos anjos e arcanjos nos defendam e nos guardem. Ó Mãe de Deus, enviai os vossos anjos para defender-nos e afastar para longe de nós o cruel inimigo. Ó boa e terna Mãe, vós sereis sempre o nosso amor e a nossa esperança. Amém.

Algumas sugestões de temas

Examine sua vida e procure determinar quais são as áreas de maior necessidade de intervenção de Deus. Você pode usar o guia abaixo como sugestão, ou identificar alguma outra área que não consta na lista:

1. Provisão de necessidades materiais para uma sobrevivência digna.

2. Cura física para um membro da família, um amigo ou para você mesmo.

3. Vitória sobre pecados como orgulho, legalismo, auto-justificação, soberba…

4. Restauração de um relacionamento em crise.

5. Vencer um mau hábito: fumar, beber, consumir drogas, pornografia…

6. Libertar algum membro da família ou amigo de um vício.

7. Crescimento na vida profissional.

8. Sabedoria para tomar uma decisão crítica.

9. Salvação de um membro da família ou amigo.

10. Libertação de opressão espiritual.

11. Crescimento da Igreja e do seu impacto positivo na humanidade.

12. Vitória sobre a ansiedade, medo, depressão, solidão.

13. Coragem para tomar uma decisão difícil.

14. Transformação na sua comunicação e resolução de conflitos no casamento.

15. Reavivamento do amor a Cristo.

16. Estabelecimento de um tempo devocional para com o Senhor.

17. Despertar espiritual de cônjuge e filhos.

18. Vencer a vida dupla: uma na Igreja, outra no trabalho.

19. Fim dos conflitos bélicos.

20. Resolução das crises humanitárias, políticas, econômicas e sociais que afligem a humanidade.

21. Para que todos na Igreja se tornem verdadeiros apóstolos, cheios de paixão e desejo de testemunhar o Amor de Deus ao mundo inteiro.

7 coisas que você pode esperar nesta quaresma de São Miguel

1. Será desafiador e difícil e exigirá disciplina e foco.

2. Se você permanecer firme, perceberá o crescimento da sua fé e a experiência da transformação espiritual na sua vida.

3. Deus poderá responder aos seus pedidos de oração durante estes 40 dias ou não. O tempo é Ele quem sabe. A nossa certeza está no fato de alimentarmos a comunhão com Ele, abrindo-nos à Sua graça.

4. Você será mais sensível ao Espírito Santo em sua vida, removendo distrações e obtendo um novo senso de clareza à voz do Deus.

5. A sua comunhão com Deus aumentará, com uma compreensão mais clara do que significa depender dele para todas as suas necessidades.

6. Você se verá fazendo orações mais pessoais, abertas, e mais vezes ao longo do dia.

7. Nos primeiros dias você deve esperar um aumento na tensão e na resistência espiritual.

3 perigos para considerar

1. Achar que Deus é “obrigado” a ouvi-lo do jeito que você quer, e não do jeito que Ele quer.

2. Orgulho e satisfação pessoal distorcida, derivada de sacrifícios espirituais que podem fazer você se achar muito bom, justo e santo.

3. Tentação de interromper ou abortar o jejum, por achar que não consegue ou que já fez mais do que o necessário. Não entregue os pontos: mantenha-se firme no seu compromisso. Você perceberá os ganhos!

Sobre a devoção a São Miguel Arcanjo

Deus exalta os humildes e resiste aos soberbos, dizem as Escrituras. São Miguel foi sempre muito amado e venerado pelo povo de Deus: o Senhor o constituiu guardião e protetor do Seu povo, como se lê no profeta Daniel: “Surgirá Miguel, o grande Príncipe, que guardará o teu povo” (Dan 12, 1).

As intervenções de São Miguel em favor do povo de Deus, quer no Antigo, quer no Novo Testamento, motivaram na Igreja, desde o princípio, uma especial veneração por este Arcanjo a quem ela sempre honrou com um culto especial, como guardador da família divina em seu peregrinar por este mundo rumo à casa do Pai.

Em documentos oficiais dos Sumos Pontífices e no culto litúrgico, São Miguel é honrado como protetor da Igreja e padroeiro dos agonizantes; também é ele quem conduz a alma dos que deixam este mundo para o julgamento junto ao Trono de Deus.

A Igreja, da qual ele é protetor e defensor, o invoca como advogado de defesa na vida e na hora da morte.

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